O programador "old school" é aquele que começou sua jornada quando os computadores ainda eram máquinas de grande porte e a programação exigia um conhecimento profundo do hardware. Ele vinha de uma época em que não existiam ferramentas visuais sofisticadas, nem frameworks que faziam metade do trabalho. As linguagens de programação mais comuns eram o Assembly, Fortran, Cobol ou C, e era necessário escrever código otimizado até o último byte, principalmente devido às limitações de memória e processamento da época. Esse tipo de programador valorizava a eficiência e a simplicidade. Cada linha de código era escrita com muito cuidado, pois um erro poderia custar dias de trabalho de depuração. O programador old school entende os fundamentos da computação de maneira sólida: manipulação direta da memória, controle manual de alocação de recursos, e até mesmo como os bits e bytes fluem dentro da máquina. Ele se destaca pela capacidade de resolver problemas complexos com o mínimo de recursos, muitas vezes sem acesso à vasta quantidade de bibliotecas e ferramentas modernas. Mesmo com o avanço das tecnologias e o surgimento de paradigmas de desenvolvimento mais abstratos, muitos programadores "old school" continuam em atividade, trazendo consigo um respeito pelas boas práticas de engenharia de software e uma mentalidade voltada para a eficiência e robustez do código. Eles são uma ponte viva entre o passado e o presente da programação, lembrando que, apesar das ferramentas mudarem, os fundamentos da computação continuam os mesmos.
A história da programação de computadores é uma narrativa de constante evolução e refinamento, impulsionada pela necessidade de transformar máquinas calculadoras em ferramentas universais de processamento de informações. No início, os primeiros computadores, como o ENIAC, exigiam que programadores configurassem manualmente interruptores e cabos para realizar operações. Não existia uma linguagem de programação propriamente dita; o "código" estava diretamente ligado à manipulação do hardware. Com o tempo, linguagens de baixo nível, como Assembly, foram desenvolvidas para permitir que os programadores controlassem os computadores de maneira mais eficiente. A partir de então, surgiram as primeiras linguagens de programação de alto nível, como Fortran e Cobol, que permitiam aos programadores escrever instruções em uma forma mais próxima da linguagem humana, simplificando o desenvolvimento e abrindo as portas para a expansão da programação em diversas áreas. Na década de 1970, linguagens como C, Pascal e Basic tornaram-se populares, e o desenvolvimento de sistemas operacionais como Unix trouxe uma nova era de abstração e reutilização de código. A programação orientada a objetos, que surgiu com linguagens como Smalltalk e C++, na década de 1980, mudou a forma como os programadores pensavam sobre a organização e estruturação de software, promovendo a reutilização e modularidade.
Com a chegada da internet e da era digital, linguagens como Java e JavaScript dominaram o cenário, sendo essenciais para o desenvolvimento de sistemas distribuídos e aplicações web. Hoje, o desenvolvimento é marcado por frameworks, bibliotecas e plataformas que abstraem grande parte da complexidade subjacente, permitindo que os programadores se concentrem mais na lógica de negócios e menos nos detalhes técnicos. A evolução da programação de computadores é um reflexo das necessidades tecnológicas de cada era, desde o controle direto do hardware até a criação de ambientes de desenvolvimento altamente abstratos e especializados. Embora as ferramentas tenham mudado drasticamente, o objetivo central permanece o mesmo: resolver problemas complexos de maneira eficiente e eficaz.